As fraturas da coluna toráco-lombar são as mais comuns das fraturas da coluna. Esse tipo de fratura é devida, na sua maioria, a quedas de altura e acidentes automobilísticos.
Nas últimas décadas, o crescente aumento dos acidentes automobilísticos tem influenciado diretamente no aumento da incidência de fraturas complexas da coluna tóraco-lombar.
Todos os pacientes que sofrem um acidente, devem ser submetidos a uma avaliação inicial, que é feita pelos paramédicos no local do acidente, e depois por um medico do trauma, ao chegar em algum hospital de referencia. Existe um grande número de fraturas de coluna que não são diagnosticadas em uma avaliação inicial, sendo que o atraso no diagnóstico desta lesões pode levar a conseqüências desastrosas para o paciente com alterações neurológicas graves.
Nessa avaliação inicial, a avaliação da parte neurológica é fundamental para uma série de decisões em relação ao posterior tratamento. Após a avaliação neurológica o paciente deverá ser submetido a avaliação radiográfica.
Nas radiografias devem ser observados o alinhamento das vértebras e seus componentes específicos, assim como a presença de fraturas. Existe algumas regiões que a visualização das fraturas com um RX é difícil - uma tomografia computadorizada deve ser solicitada. A Ressonância Magnética não deve ser utilizada na avaliação inicial, mas sim para a decisão um tipo de abordagem cirúrgica.
Diversos tipos de fraturas podem ocorrer. Entre elas, as principais são as que englobam as que são do tipo compressão, distração e rotação. Cada tipo de fratura tem seu tratamento específico.
Critérios clínicos e radiológicos são levados em conta na hora da decisão em relação a qual tratamento deve ser escolhido.
A presença ou não de algum défict neurológico, assim como a instabilidade, o que pode levar a uma piora dessa fratura, são os pontos de partida nessa avaliação.
Fraturas na região toraco-lombar, podem ser tratados com coletes (Jewett, Putti – dependendo da região específica), que são normalmente feitos sob medida para o paciente.
Essas imobilizações em conjunto com um repouso relativo, geralmente são suficientes para o tratamento de fraturas mais simples da coluna, e, apos um período de uso de aproximadamente 3 meses, esses podem ser retirados.
Em relação ao tratamento cirúrgico, este pode ser realizado de algumas formas, a depender do tipo e localização da fratura, podendo ser utilizada uma via posterior isolada, uma abordagem apenas anterior, ou ainda uma via combinada.
Em geral, esses pacientes devem ser operados o mais precoce possível para estabilização da coluna, o que é melhor para o prognóstico geral deste paciente.
O uso de parafusos pediculares e cages com retratores minimamente invasivos fazem com que uma cirurgia hoje seja realizada com muito menos dano a esses pacientes, proprorcionando assim, uma recuperação muito mais rápida.
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